Todos nós no nosso dia-a-dia temos conhecimento de atitudes racistas em relação a pessoas de pele negra, tanto a nível da sua formação, pois uma pessoa de pele negra na opinião de muitos não pode ser tão inteligente como uma de pele branca, como a nível de ocupação de posições de chefia pois nesse caso ouvimos muitas vezes a palavra “preto” quando se pretende diminuir a sua capacidade de organização e de chefia em relação aos “brancos”, tentando diminuí-lo na sua personalidade.
Podemos continuar a observar as nossas atitudes racistas envergonhadas quando se trata de contar anedotas em que os intervenientes são os “pretos”, o que só de si e contado por alguém que consegue imitar na perfeição da dicção a linguagem destes, consegue de imediato causar riso pois ser “preto” continua a ser sinónimo de burrice, logo digno de muita piada pela larga maioria da sociedade.
É claro que todos me vão dizer que hoje em dia já existe muita tolerância em relação a pessoas de pele negra, mas eu pergunto, onde está essa diferença na hora de atribuir aos “pretos” os trabalhos mais pesados e socialmente menos dignos, ou então fingir que não se vê a miséria onde a maioria vive empurrando-os para espaços onde não nos incomodem? E porque não também o exemplo que pude observar por parte de alguns doentes, em recusarem ser tratados por médicos de pele negra, por não terem confiança na sua capacidade profissional? Um outro exemplo, esse sim causador de grandes problemas psicológicos, são as crianças que são discriminadas logo na escola pelos seus colegas, se nela existirem poucas crianças de pele idêntica á sua.
A expressão gente de cor não tem sentido nenhum numa sociedade cada vez mais global e na qual quer queiramos quer não, precisaremos uns dos outros independentemente da cor pois todos somos de cor não existindo uma definição correcta para quem é mais ou menos pessoa por ser de uma cor ou de outra, ou seja, somos de uma cor se quiserem, a cor humana.

Pedro Lima

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