Todos nós no nosso dia-a-dia temos conhecimento de atitudes racistas em relação a pessoas de pele negra, tanto a nível da sua formação, pois uma pessoa de pele negra na opinião de muitos não pode ser tão inteligente como uma de pele branca, como a nível de ocupação de posições de chefia pois nesse caso ouvimos muitas vezes a palavra “preto” quando se pretende diminuir a sua capacidade de organização e de chefia em relação aos “brancos”, tentando diminuí-lo na sua personalidade.
Podemos continuar a observar as nossas atitudes racistas envergonhadas quando se trata de contar anedotas em que os intervenientes são os “pretos”, o que só de si e contado por alguém que consegue imitar na perfeição da dicção a linguagem destes, consegue de imediato causar riso pois ser “preto” continua a ser sinónimo de burrice, logo digno de muita piada pela larga maioria da sociedade.
É claro que todos me vão dizer que hoje em dia já existe muita tolerância em relação a pessoas de pele negra, mas eu pergunto, onde está essa diferença na hora de atribuir aos “pretos” os trabalhos mais pesados e socialmente menos dignos, ou então fingir que não se vê a miséria onde a maioria vive empurrando-os para espaços onde não nos incomodem? E porque não também o exemplo que pude observar por parte de alguns doentes, em recusarem ser tratados por médicos de pele negra, por não terem confiança na sua capacidade profissional? Um outro exemplo, esse sim causador de grandes problemas psicológicos, são as crianças que são discriminadas logo na escola pelos seus colegas, se nela existirem poucas crianças de pele idêntica á sua.
A expressão gente de cor não tem sentido nenhum numa sociedade cada vez mais global e na qual quer queiramos quer não, precisaremos uns dos outros independentemente da cor pois todos somos de cor não existindo uma definição correcta para quem é mais ou menos pessoa por ser de uma cor ou de outra, ou seja, somos de uma cor se quiserem, a cor humana.

Pedro Lima



Portugal, como país pertencente á união Europeia, tem sido procurado nos últimos anos e mais particularmente na segunda metade do século passado, por emigrantes oriundos dos diferentes cantos do mundo, mais particularmente, oriundos do Brasil, Países Africanos, e mais recentemente da Europa de Leste. Esta enorme vaga de emigrantes que se tem verificado, contribuiu de boa forma para a diversidade de culturas e hábitos das diferentes etnias as quais têm causado algumas dificuldades de relacionamento entre os diversos grupos étnicos que vivem no nosso país, mais propriamente nas áreas urbanas, pois é aí que mais facilmente se encontra uma ocupação para sustento da família.
Em virtude das grandes diferenças que se vão criando em torno de grupos específicos de comunidades, os ódios e mal-estar entre eles têm vindo a crescer o que tem provocado algumas situações de rixas e onda de violência, perturbando o sossego que até há uns anos a esta parte se sentia na pacata cidade de Lisboa.
Com o aumento dos conflitos étnicos e apesar da existência de algumas instituições particulares e do Estado que se dedicam á integração das mesmas na sociedade, também é notória a incomodidade que algumas pessoas sentem na presença de jovens destas comunidades criando a ideia imediata que só ali estão para provocar distúrbios ou fazer assaltos, associando logo á partida tudo e todos simplesmente porque estão inseridos em comunidades problemáticas.
É evidente que este tipo de discriminação não é admissível uma vez que não se deve nem pode pôr de parte alguém que nos parece diferente só de olhar para ele, só porque veste diferente, usa brincos, tem uma maneira de estar diferente, e por vezes esquecemo-nos daqueles que vestem muito bem, e aparentam ser figuras cordiais, são sim de factos lobos em pele de cordeiros, capazes das maiores vigarices, não olhando a meios para atingir os fins para seu único benefício.
Está pois na hora de deixar de parte aquelas ideias mais que ultrapassadas de que se vê o carácter de alguém só pela maneira com que se apresenta na sociedade não lhe dando a mínima hipótese de relacionamento connosco pois julgamo-nos seres superiores, esquecendo-nos também que um dia quem sabe se essas pessoas que tanto criticámos, não poderão ser importantes para nós nalguma dificuldade que possamos ter na nossa vida, alguém já pensou nisso?

Pedro Lima



A homossexualidade continua a ser, nos dias de hoje, apesar da evolução das mentalidades, um factor de enorme discriminação quer seja por parte da família, dos amigos, da sociedade em geral, mais preocupada em manter as aparências da família do que em tentar perceber que muitas vezes não se escolhe ser homossexual porque se quer, mas sim por questões de genética já comprovadas cientificamente. Mas esta questão continua a ser vista por muita gente como uma anormalidade ou doença, segregando por muitas vezes as pessoas que fazem e assumem essa opção o que leva a que muitas vezes estas, sobretudo as mais fragilizadas, não sintam qualquer motivo para continuar a viver num mundo imperfeito e pouco tolerante ao direito a ser diferente.
Posso igualmente chamar a atenção para o facto da igreja ser das instituições que mais contribui para esta discriminação pois temos observado algumas declarações de alguns dos seus responsáveis máximos, afirmando que a homossexualidade é uma anormalidade para a sociedade vindo depois com desculpas atabalhoadas que só demonstram a dificuldade que a igreja tem em assumir, por exemplo, que na sua própria instituição são cada vez mais os casos de homossexuais que têm de se manter incógnitos sob pena de serem excluídos das suas paróquias.
Como é possível continuar a admitir casos de afastamento dos cargos profissionais, de pessoas altamente qualificadas, pelo simples facto de serem diferentes nas suas opções sexuais, ou mesmo de ridicularizar aqueles que apenas procuram o direito a ser felizes não prejudicando de nenhuma forma os outros? No entanto, existe muita dificuldade na sociedade em admitir essa diferença pois, de uma forma geral, continua fortemente vincada a ideia de que o homem foi concebido para se relacionar sexual e emocionalmente apenas com a mulher para procriação. É por tudo isto que existem na clandestinidade imensos casos de homossexualidade que, ou nunca se revelam por medo de represálias, ou então, quando se manifestam, são de imediato sujeitos às maiores barbaridades chegando as pessoas a perder tudo o que até então tinham conquistado, quer seja a família, o trabalho, ou os amigos que, afinal, não o eram tanto assim.
Existe o direito à diferença de opção sexual que deve ser respeitado por todos independentemente de se aceitar, ou não, essa diferença. Temos de saber conviver com todos e deixar de parte as tentativas de reduzir ao ridículo os nossos semelhantes que merecem ser respeitados tal como todos os outros.

Pedro Lima


Dia 4- Segunda-feira
Em Cidadania e Profissionalidade, estivemos a fazer a apresentação dos trabalhos individuais em PowerPoint sobre o tema «Portugal país de emigração e imigração». Só com a presença de três alunos, devido à intensa chuva que se fazia sentir. Em S.T.C. fez-se a continuação do trabalho de pesquisa sobre a «Evolução da Rádio em Portugal» onde ocorreram algumas divergências entre alunos, relativas à elaboração de um cartaz em papel cenário, para uma apresentação no dia 19/01/2010 sobre o teatro radiofónico.

Dia 5- Terça-feira
Na aula de S.T.C., já com parte do material, procedeu-se à colagem dos textos a publicar no cartaz e respectivas fotos.
Na aula de C. L. C., fez-se a distribuição das tarefas a realizar pelos formandos, relativamente ao trabalho em grupo na construção do blogue.

Dia 6- Quarta-feira
Na aula de C.P. deu-se inicio ao R.A.4, foi abordado o tema “ Tolerância e Mediação”, relativo à mediação intercultural, ou seja, criar pontes de diálogo entre diferentes comunidades éticas e culturais.
Na aula de C.L.C deu-se continuação à construção do blogue.

Dia 7-Quinta-feira
Inseriu-se um texto no blogue e algumas imagens na aula de C.L.C.
Na aula de C.P. deu-se continuidade ao trabalho iniciado na aula anterior.

Dia 8-Sexta-feira
Na aula de S.T.C. concluímos a actividade integradora em papel cenário sobre a evolução da rádio em Portugal.


Manuel Lucas

A rádio é um meio de comunicação onde podemos ouvir as nossas músicas favoritas e até as mais recentes notícias de Portugal e do mundo. No entanto, quando a ouvimos nunca pensamos: quem terá inventado? E quais razões que o levaram a fazer as primeiras experiências?• Continua a ser um objecto – o rádio - bem útil para passarmos o tempo de uma forma divertida! Em Portugal, nas primeiras décadas do séc. XX, embora a generalidade das emissões sejam efectuadas por amadores, o posto emissor CT1AA era uma excepção, sendo a primeira estação nacional profissionalizada. Naquele tempo tinha linhas telefónicas directas para o Teatro Nacional, Sociedade de Geografia, Teatros Variedades e Maria Vitória e um segundo estúdio de dimensões consideráveis na Rua do Carmo, onde poderia acomodar mais de uma centena de músicos, para além do público que nesta época assistia aos programas. Entre 1931 e 1933 surgem novos postos emissores, entre os quais, Alcântara Rádio, o Clube Radiofónico de Portugal, Rádio Rio de Mouro e Rádio Clube da Costa do Sol, a Invicta Rádio, Rádio Clube Lusitânia, CT1DS, Rádio Graça, Rádio Luso e Rádio Amadora em 1932 e, no ano seguinte, a Rádio Peninsular e a Rádio São Mamede. A maioria dos postos emissores emite em directo para os seus bairros. Naquele tempo, reduziam as emissões a poucas horas, maioritariamente à noite, entre as 22 e as 23 horas, havendo, no entanto, quem emita entre a meia-noite e as duas da manhã, sendo a programação anunciada em revistas semanais como a Rádio Magazine ou a Rádio Novidades. Em Maio de 1932, realizou-se o I Congresso Nacional de Radiotelefonia promovido pelo jornal "O Século".


Filipa Jorge